Cada vez mais a ciência tem demonstrado a importância da alimentação para a manutenção da saúde e qualidade de vida. Mais recentemente, foram descobertas várias substâncias presentes nos alimentos que, embora não sejam nutrientes, também apresentam inúmeros efeitos favoráveis à saúde.
Aos alimentos que os contêm dá-se o nome de alimentos funcionais, e espera-se que sejam capazes de proporcionar benefícios, além dos inerentes à sua composição nutricional. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, alimentos funcionais são definidos como: “Alimentos ou ingredientes com alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde e que podem, além de funções nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente, produzir efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou benéficos à saúde devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica”.
Benefícios
Esses benefícios podem estar relacionados a efeitos gerais como, por exemplo, a ação antioxidante, que está relacionada com redução do risco de várias doenças causadas por radicais livres, enquanto outros têm ação específica no controle ou prevenção de doenças, como a elevação do colesterol (hipercolesterolemia).
É importante destacar que nenhum desses alimentos isoladamente pode ser usado como “fórmula mágica” para solucionar problemas de saúde. Para obter o efeito desejado, eles devem fazer parte de uma dieta equilibrada e ajustada à necessidade de cada indivíduo.
Conheça alguns alimentos funcionais, suas substâncias bioativas e funcionalidades:
Aveia (Substância bioativa: Beta-D-glucanas)
A beta-D-glucana (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de colesterol, parece ter um possível efeito protetor no desenvolvimento do câncer de cólon e diminuição da absorção da glicose em diabéticos.
Observações: 40g de farelo de aveia ou 60g de farinha de aveia fornecem quantidades de beta-D-glucana com ação efetiva.
Soja (Substância bioativa: Isoflavonas)
O consumo diário de, pelo menos, 25g de proteína de soja pode auxiliar na diminuição do colesterol. Outras ações estão sendo investigadas, como redução no risco de alguns tipos de câncer, principalmente os que são “alimentados” por hormônios. Parece contribuir para atenuar os sintomas da menopausa.
Tomate goiaba vermelha (Substância bioativa: Licopeno)
O licopeno tem ação antioxidante e age como “varredor” de radicais livres. Dessa maneira, pode diminuir a oxidação LDL (colesterol ruim) e, consequentemente, as doenças cardiovasculares. A redução dos radicais livres também está associada a provável diminuição do risco de câncer – no caso do licopeno, estudos indicam papel protetor principalmente contra o risco de câncer de próstata.
Observações: É o pigmento que fornece a cor vermelha a esses alimentos. Produtos derivados do tomate, como suco, molho e massa, mantêm o licopeno. Dê preferência aos tomates mais vermelhos, que apresentam maior concentração da substância.
Peixes de água profunda e linhaça (Substância bioativa: Ômega-3)
O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Além da diminuição de triglicérides e consequente redução do risco de doenças cardiovasculares, também é importante para o desenvolvimento do cérebro e visão do feto e está sendo investigada em doenças de caráter inflamatório, como artrite ou auto-imune.
Hortaliças (Substância bioativa: Luteína)
A luteína tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres, especialmente na redução do risco de desenvolvimento de catarata e degeneração macular.
Fonte: UOL
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